O que é xeroftalmia?
Este é o nome que se dá para a deficiência de vitamina A, um elemento indispensável para garantir a boa saúde visual, além do crescimento adequado e diferenciação dos tecidos. Também chamada de olho seco ou ceratoconjuntivite seca, é um problema que afeta mais crianças e idosos, principalmente em regiões mais vulneráveis economicamente.
Esta condição causa uma disfunção nas glândulas lacrimais, afetando a produção e composição das lágrimas. As lágrimas são fundamentais para o perfeito funcionamento dos olhos, pois são responsáveis pela nutrição e lubrificação da córnea, facilitando a visão e defendendo a superfície ocular de elementos externos, como poeira e sujeiras. Quando alteradas, os olhos reagem com incômodos na conjuntiva e, especialmente, na córnea, que fica mais propensa a inflamações e sofrer lesões.
Além disso, a xeroftalmia pode causar o aparecimento de pequenas manchas, chamadas Manchas de Bidot, e os casos mais graves podem chegar a ulcerações e necrose na córnea.
Continue lendo e saiba as causas, os principais sintomas e os tratamentos disponíveis para a xeroftalmia.
Causas da Xeroftalmia
Existem diversas causas para o olho seco e a xeroftalmia é uma queixa comum na população mundial. Esta condição pode surgir devido a fatores ambientais, como exposição em excesso ao ar-condicionado, fumaça do cigarro, clima seco e poluição, por exemplo. O uso inadequado de lentes de contato ou maquiagens em excesso também favorece as alterações no sistema lacrimal.
Porém, a xeroftalmia afeta muito as pessoas idosas. Isso porque a partir dos 65 anos o organismo fabrica menos lágrimas naturalmente. Outras causas comuns da deficiência de vitamina A estão as carências alimentares, ingestão exagerada de gordura, síndrome de má-absorção, abuso do álcool e laxantes com óleo mineral, uma vez que a vitamina A se dissolve na presença de gorduras. Pode também ser um sintoma de alterações hormonais ou causada por algum medicamento, até mesmo por conta de distúrbios autoimunes, quando o sistema imunológico se volta contra o próprio corpo, como é o caso da Síndrome de Sjögren, também chamada de “síndrome do olho seco”.
Sintomas da Xeroftalmia
O principal sintoma da xeroftalmia é a cegueira noturna, ou seja, uma dificuldade de enxergar na penumbra; e também um incômodo permanente nos olhos. Como se houvessem grãos de areia ou algum outro corpo estranho. Outros sintomas incluem coceira, ardência, visão borrada, sensibilidade à luz e vermelhidão nos olhos.
Além disso, o paciente também pode apresentar alterações na pele, dificuldade de cicatrização e perda do paladar. O agravamento do problema pode afetar a visão de forma parcial ou até mesmo totalmente.
Tratamento
O tratamento depende muito das causas e gravidade do quadro. Quando se encontra nos estágios iniciais, a deficiência de vitamina A pode ser tratada com doses diárias da vitamina em questão. Em geral, colírios lubrificantes também são receitados – eles podem ser viscosos ou aquosos, dependendo do grau de secura e alterações no sistema lacrimal.
Alguns pacientes podem fazer uso de outros medicamentos complementares, ou até mesmo intervenção cirúrgica. É necessário consultar um médico especializado, que vai definir qual o tratamento mais adequado.
Prevenção da Xeroftalmia:
É possível prevenir a xeroftalmia com alguns cuidados simples. Confira:
- Uma alimentação saudável e equilibrada é essencial para o organismo como um todo. Inclua na sua dieta alimentos ricos em vitamina A – eles são geralmente alaranjados ou vermelhos (como cenoura, abóbora, pimentão vermelho ou amarelo, mamão, pêssegos etc) ou verde escuro (brócolis, espinafre, escarola, salsa etc);
- Proteja seus olhos contra possíveis agressões, como vento, poeira, fumaça entre outros;
- Evite permanecer por períodos prolongados em ambientes com ar-condicionado ou aquecedores;
- Em dias muito secos, mantenha um umidificador ou até mesmo uma vasilha com água, para tornar o ambiente mais úmido para a manutenção da saúde dos olhos;
- Para quem usa lentes de contato, cuide de sua manutenção e limpeza, além de manter os olhos lubrificados.
Por fim, e mais importante, consulte seu oftalmologista periodicamente.
Ouça o post |