Caracterizada pela perda progressiva da memória, o Alzheimer é uma doença que causa o declínio das funções neurocognitivas. Apesar de não ter uma cura, é importante que a doença seja identificada o quanto antes para que seja feito um tratamento adequado para que o progresso da doença seja retardado e os sintomas melhorem.
Os professores Leonardo Provetti Cunha, Ana Laura Maciel e Leopoldo Antonio Pires, da Universidade Federal de Juiz de Fora, fizeram uma descoberta que promete ajudar no diagnóstico precoce do Alzheimer: a relação entre a doença e a perda neural da retina.
Ao contrário do que se imaginava, o estudo realizado por eles mostrou que a visão não é comprometida pela degeneração cerebral, e sim pelo fato de a doença afetar diretamente o nervo óptico. Depois de analisar 45 olhos de 24 pacientes, o grupo pode constatar que as células ganglionares da retina, que são neurônios da camada mais interna da retina, são afetados da mesma forma que os neurônios do Sistema Nervoso Central no Alzheimer.
Por esse motivo, a Tomografia de Coerência Óptica (OCT), também conhecido como “exame de fundo de olho” pode ajudar no diagnóstico e no acompanhamento da doença de forma rápida e eficiente.
Como é feito o exame
Rápido e pouco invasivo, o aparelho de OTC não chega a encostar nos olhos do paciente, mas mesmo assim, é eficiente e permite que se veja a retina e o nervo óptico em detalhes. Para a realização do exame, que leva entre 15 e 20 minutos, é preciso dilatar as pupilas.