O teste do olhinho é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê. Assim como o do pezinho, esse exame é capaz de diagnosticar uma série doenças que podem impactar a qualidade de vida da criança – como a catarata congênita e o retinoblastoma (câncer ocular que acomete a retina).
Também chamado de Teste do Reflexo Vermelho (TRV), ele deve ser feito em até 30 dias após o nascimento – e funciona da seguinte forma: com uma espécie de lanterninha, conhecida como oftalmoscópio portátil, o médico lança um feixe de luz diretamente no olho do bebê.
O diagnóstico acontece por meio da análise do reflexo que essa luz causa no globo ocular. Em casos saudáveis, ela é avermelhada, homogênea e simétrica – muito parecida com os “olhos vermelhos” das fotografias com flash. Mas, quando há alguma alteração na cor ou estrutura do reflexo, é preciso uma investigação aprofundada.
Nessa hora, é chamado um oftalmologista para estudar as possíveis causas. Entre as possibilidades estão:
- Catarata congênita: é a principal causa de cegueira infantil. Nesse caso, o cristalino do olho fica opaco e a visão é comprometida.
- Glaucoma congênito: causada por um aumento da pressão intraocular por conta de acúmulo de líquido, essa doença pode afetar o nervo óptico e, se não for tratada, levar à cegueira.
- Retinoblastoma: tumor ocular infantil que acomete principalmente a área da retina – mas, se não tiver o devido acompanhamento, pode atingir outros órgãos.
- Retinopatia da prematuridade: como aponta o nome, ele é mais comum entre os bebês prematuros, onde há uma formação anormal de vasos sanguíneos da retina. É também muito perigoso se não for tratado e pode levar à cegueira.
Boa parte das doenças visuais infantis podem ser tratadas ou terem os efeitos colaterais controlados quando é feito um diagnóstico precoce. Por isso o teste do olhinho é tão importante.
Além de ser feito enquanto recém-nascido, o ideal é repeti-lo aos quatro, seis e doze meses – mas lembre-se: isso em nada substitui a primeira consulta oftalmológica, que deve acontecer aos dois anos.
Para os bebês prematuros ou que nasceram com menos de 1,5kg, a orientação é um pouco diferente: o primeiro teste deve ser realizado entre a quarta e sexta semana de vida. A partir daí, a repetição segue a orientação acima.
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