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Doenças oculares

Retinopatia Hipertensiva: Entenda o que é.

A pressão alta oferece vários riscos à saúde. E não estamos falando só das doenças do coração, essa condição também pode causar danos graves aos nossos olhos, como é o caso da retinopatia hipertensiva, uma lesão nos vasos sanguíneos da retina que pode prejudicar seriamente a sua visão. 

Neste texto vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, além de quais são os sintomas mais frequentes da retinopatia hipertensiva e possibilidades de tratamento. Continue lendo! 

O que é a Retinopatia Hipertensiva?

A Retinopatia Hipertensiva é uma lesão vascular na retina causada pela elevação da pressão arterial. Entre as alterações causadas por esse distúrbio estão o estreitamento vascular (vasoconstrição), espessamento da parede das artérias (arteríolas) ou veias (vênulas), obstrução ou até mesmo rompimento dos vasos sanguíneos. 

Os sintomas geralmente se desenvolvem ao final, o que pode comprometer a saúde dos olhos do paciente, uma vez que o processo costuma ter início muito antes dele se dar conta e de apresentar sintomas nítidos e evidentes. Por isso, é fundamental realizar o acompanhamento preventivo com um médico oftalmologista. 

Consultas regulares podem salvar sua vida e sua visão, e o exame de fundo de olho é muito comum para identificar o problema. O estreitamento de pequenas veias e artérias – que podem levar ao surgimento da trombose – são manifestações vasculares associadas à doença e podem servir de parâmetro para analisar como anda o organismo como um todo, uma vez que essas modificações progridem de forma semelhante em outros órgãos, como cérebro, rins e coração.

Cerca de 90% dos casos ocorre em pacientes com quadro de hipertensão arterial sistêmica essencial, ou seja, sem sinais de outra causa para a elevação da pressão. O grupo de risco conta com pessoas acima de 60 anos, ou com a pressão arterial desequilibrada. 

Principais sintomas da retinopatia hipertensiva

Os sintomas mais comuns ocorrem por conta do agravamento do problema: aumento da sensibilidade à luz (fotofobia), deterioração da visão e dores de cabeça constantes. Como já mencionamos acima, esses sinais geralmente aparecem quando a retinopatia já está em um estágio adiantado, por isso, é indispensável se cuidar e manter as consultas de rotina.

Se mal controlada, a hipertensão pode causar o estreitamento arterial permanente e alterações nas veias. Além disso, provoca hemorragias e acúmulo de líquidos na retina que, por sua vez, pode comprometer gravemente a mácula (parte da retina responsável pela visão), o nervo ou disco óptico. 

Outros agravantes do quadro são o tabagismo e a diabetes. O diagnóstico tardio é um dos responsáveis pela perda de visão. Além do mais, a retinopatia hipertensiva pode também ocasionar problemas ainda mais graves, como a catarata, descolamento da retina, glaucoma, entre outros. 

Como é feito o diagnóstico?

Geralmente, o diagnóstico da retinopatia hipertensiva é obtido na consulta ao médico oftalmologista, através do exame de fundo de olho (também chamado de fundoscopia ou mapeamento da retina) e pedidos de exames para avaliar a pressão arterial. 

As alterações vasculares acontecem de forma similar em outros órgãos do corpo, mas a grande vantagem dos exames oftalmológicos é que o médico pode observar de perto os vasos sanguíneos – e consequentemente, fornecer um diagnóstico mais preciso. 

Outros exames complementares podem ser requisitados, como retinografia, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica. Pacientes que já são diagnosticados como hipertensos e já fazem o acompanhamento oftalmológico necessário, tem maiores chances de recuperação.

Tratamento para retinopatia hipertensiva

Não existe um tratamento específico para as lesões vasculares da retina e outros problemas decorrentes do distúrbio. O tratamento é focado em controlar a pressão sanguínea, com foco na prevenção da hipertensão.

As recomendações mais frequentes incluem o controle do quadro de obesidade, redução dos níveis de colesterol (principalmente os triglicérides), monitoramento da diabetes e incentivo à prática de exercícios físicos e uma rotina com alimentação saudável. Essas atitudes têm papel fundamental no controle da pressão, e podem evitar o surgimento ou agravamento do quadro dessa e de outras doenças. 

Em alguns casos, é necessária uma intervenção maior: casos de hemorragias intravítreas por oclusões vasculares, por exemplo, necessitam de procedimentos cirúrgicos. 

Por isso, não deixe de lado as visitas oftalmológicas de rotina e fique atento a qualquer sinal de irregularidade na sua visão, para comunicar o oftalmologista. A prevenção é o maior remédio, sempre!

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