Você sabe qual a melhor idade para procurar um oftalmologista infantil? Para muitos, a primeira consulta acontece quando o pequeno apresenta algum sintoma, como dificuldade de ler ou enxergar a televisão. Mas será que esse é o melhor caminho? Vamos descobrir!
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a visão da criança se desenvolve até os cinco anos, quando alcança a maturidade. Durante essa fase, procurar ajuda médica é mais do que corrigir problemas já consolidados, mas uma forma de prevenção. Assim como para qualquer outro problema de saúde, o diagnóstico precoce é um importante aliado. Um exemplo é ambliopia (também conhecida como “olho preguiçoso”), que só pode ser tratada na infância. Com o apoio de um oftalmologista infantil, o tratamento precisa acontecer até os 8 ou 9 anos – depois disso, há grandes chances dele se tornar ineficaz e gerar dependência dos óculos por toda vida.
Além disso, quando o pequeno não enxerga plenamente, toda sua qualidade de vida é comprometida – afinal, é por meio da visão que as crianças aprendem a se portar (copiando os adultos) e explorar o mundo e quando a saúde ocular não está bem, tudo isso é diretamente impactado. Saiba um pouco mais sobre as doenças oculares mais comuns:
Astigmatismo, miopia e hipermetropia
Esses problemas tão comuns para adultos, não são diferentes nas fases mais jovens. A vista embaçada, quando em um baixo grau, é comum no início da vida – afinal, a visão ainda está se desenvolvendo. Se esse for o caso, a melhora será natural; mas, em outros, é preciso de tratamento.
No caso da miopia, o paciente tem dificuldade de enxergar objetos e letras distantes. Já na hipermetropia, o que está perto é o mais afetado. O astigmatismo, porém, acontece quando tudo que se enxerga está desfocado – seja perto ou longe. Em todos, geralmente o tratamento é feito por meio de óculos e lentes de contato.
Na dúvida, consulte um oftalmologista infantil, ele conseguirá diferenciar o que é da idade, do que precisa de cuidados. Quando esses problemas não são bem tratados, ele podem evoluir para a já citado ambliopia.
Estrabismo
Até os quatro meses, é normal que os olhos do bebê desviem para a parte interna do rosto e, até os seis meses, o movimento é para fora. Isso é natural e faz parte do processo de formação ocular. O problema é quando esse quadro perdura por mais tempo ou quando o olho do pequeno fica torto o tempo todo.
Outro sintoma comum no estrabismo infantil, é a dificuldade de focar imagens ou ter noção de profundidade. Quando os olhos não estão paralelos, isso afeta diretamente a imagem captada pelo cérebro. Por isso, muitas crianças com esse problema têm o costume de virar a cabeça ao tentar olhar com mais atenção – esse movimento tem o objetivo de priorizar o olho saudável.
Catarata congênita
Esse é um grave problema ocular, que deve ser tratado logo nas primeiras semanas de vida. Ao identificar uma mancha turva e com o diagnóstico em mãos, o principal caminho é realizar uma cirurgia corretiva. O tratamento é urgente, já que, caso a questão não seja resolvida, a criança pode perder a visão de forma permanente.
Em todos os problemas citados, o oftalmologista infantil é o especialista ideal para testar, diagnosticar e tratar. Ao nascer, o bebê faz o famoso teste do olhinho – em alguns hospitais, inclusive, esse exame é obrigatório. Caso não seja identificado nenhum problema, as consultas de rotina são o suficiente: um check up oftalmológico antes dos três anos, com repetições anuais ou bienais.
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Fontes adicionais:
– https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/erros-de-refracao-na-infancia-miopia-astigmatismo-hipermetropia/
– https://hospitaldeolhos.net/dicas/sintomas-estrabismo-em-criancas-que-voce-precisa-conhecer/
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