Muitas pessoas costumam ir ao oftalmologista apenas quando sentem algum tipo de desconforto. Apesar de comum, esse hábito não é muito saudável, uma vez que algumas doenças não apresentam sintomas ou só se manifestam quando o quadro já está avançado. As consultas de rotina, portanto, atuam tanto de forma preventiva quanto para aumentar as chances de reverter problemas oculares a partir de um diagnóstico precoce.
O acompanhamento frequente é tão importante que a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que, após o “teste do olhinho”, realizado na primeira semana de vida de um bebê, o acompanhamento oftalmológico continue sendo feito ao menos uma vez por ano. Acontece que, além da falta de sintomas, a falta de conhecimento em relação aos procedimentos realizados em consultas de rotina e à importância deles costuma afastar as pessoas dos consultórios. Montamos então um pequeno guia de exames oftalmológicos que devem ser feitos com frequência para você ter mais controle da sua saúde ocular.
Anamnese
O primeiro passo da consulta não é exatamente um exame, mas sim uma conversa, na qual você vai falar sobre o seu histórico de saúde ocular e o da sua família. Lembre-se que informar se algum parente seu tem desde diabetes até catarata pode ser importante para o seu diagnóstico.
Teste de acuidade visual
O mais famoso exame oftalmológico usa a Tabela de Snellen, um quadro com números e letras colocados em escala, para verificar a qualidade de visão. O médico faz o teste com os dois olhos destampados e depois tampa um de cada vez para identificar se há alguma descompensação. Esse exame é utilizado para descobrir se você tem alguma patologia ocular, como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Exame de refração
Caso você tenha sentido dificuldade para enxergar os símbolos da tabela, o oftalmologista irá testar diferentes lentes e perguntar qual a sua preferida. O objetivo aqui é encontrar lentes que possam te oferecer uma melhor qualidade de visão.
Exame na lâmpada de fenda
Com um funcionamento parecido com um microscópio, o aparelho utilizado nesse exame permite que o oftalmologista examine detalhadamente os olhos com a ajuda de lentes de aumento e uma pequena iluminação. Como avalia alterações nos cílios, pálpebras, superfície ocular e no interior dos olhos, esse exame permite que sejam identificadas desde Conjuntivite até Catarata.
Exame de fundo de olho/biomicroscopia
Realizado também na lâmpada de fenda somados à lentes especiais, ele permite que o oftalmologista enxergue o fundo dos olhos e verifique possíveis alterações na mácula, no nervo óptico e nos vasinhos sanguíneos, que são responsáveis por complicações como a Degeneração Macular e a Retinopatia Diabética.
Tonometria
Responsável por medir a pressão intraocular, a Tonometria ocular é de grande importância na prevenção do Glaucoma, já que a doença geralmente não apresenta sintomas.
Teste de Ishihara
Menos comum, mas também bastante importante, esse teste é realizado para detectar o daltonismo. Nele, o oftalmologista mostra várias imagens composta por círculos coloridos contendo números de cores diferentes em seu interior, que só conseguem ser percebidos por pessoas com visão normal.
Agora que você já sabe da importância de realizar exames oftalmológicos rotineiramente, que tal aproveitar e marcar uma consulta com o seu médico?