É durante o mês de outubro que ocorre a principal campanha de conscientização sobre o câncer de mama. Quando as ruas, empresas e entidades de saúde se vestem de rosa, o debate sobre a prevenção e diagnóstico precoce ganha força. E isso é essencial – para se ter uma ideia, estima-se que 66.820 novos casos serão confirmados no Brasil só durante o ano de 2020.
Nesse número, as mulheres são as mais impactadas, mas é preciso ter em mente que o câncer de mama não é exclusividade delas. Os homens também podem ser diagnosticados com a doença – a questão é que é muito menos frequente entre eles.
A importância do autoexame
Em qualquer tipo de tumor, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento e chances de cura – e com o de mama não seria diferente. O autoexame significa tocar os próprios seios, conhecer as características do corpo e tentar perceber se há algo de errado.
Muitos casos podem ser percebidos só com esse leve apalpar. Por isso, é indicado que todos, principalmente as mulheres, adotem essa prática. Mas é importante ressaltar: só o autoexame não é o suficiente.
É preciso, junto dele, fazer o acompanhamento médico e exames de rotina – especialmente após os 50 anos, quando essa doença se torna mais comum. Os tumores em estágio inicial tem no máximo 1cm e, por serem tão pequenos, não são percebidos durante o autoexame. Mas é exatamente nessa fase que as chances de cura chegam a 95%.
Por isso é necessário reforçar que o autoexame, apesar de importante, não substitui o acompanhamento médico.
O passo-a-passo
Para fazer o autoexame corretamente é preciso seguir alguns movimentos. São eles: em frente ao espelho, escolha o primeiro seio para a analisar e, então, coloque o braço deste mesmo lado atrás da cabeça. Perceba no reflexo se houve algum tipo de retração da pele ao fazer esse movimento. Com o braço ainda levantado, apalpe de forma circular toda a região da mama, incluindo a axila – depois, aperto o bico do seio e veja se sai algum líquido. Abaixe o braço e faça o mesmo processo com a outra mama.
Se notar algo fora do comum, como um nódulo, retração da pele ou saída de líquido, é importante procurar um médico para exames aprofundados. Só assim é possível entender se aquele sinal corresponde ou não a um tumor.
Os fatores de risco para o câncer de mama
A idade é um dos principais grupos de risco para essa doença – para se ter uma ideia, a cada 5 mulheres diagnosticadas com a doença, 4 estavam acima dos 50 anos. Além disso, o histórico familiar também influencia nas estatísticas.
Mas ele, por si só, não é um número expressivo. O problema é quando, junto com o histórico, existem maus hábitos. O sedentarismo, alimentação desregulada, tabagismo e excesso de álcool são alguns dos comportamentos que podem aumentar as chances de desenvolvimento da doença.
Além disso, a gravidez tardia, uso de anticoncepcionais por um longo período e terapias de reposição hormonal são outros fatores que podem impactar o nosso bem-estar.
Por isso, mantenha bons hábitos e o acompanhamento médico em dia. Além disso, não deixe de fazer o autoexame para conhecer o próprio corpo e procurar ajuda quando algo não for bem.
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