É normal acordar com algo grudado no canto dos olhos e, às vezes, até sentir um pouco de dificuldade para abrir os olhos, já que essa “sujeirinha” ficou grudada entre as pálpebras. Isso são as famosas remelas no olho e são completamente normais, portanto, não se preocupe!
O que são remelas?
Remela (também conhecida como ramela) nada mais é do que o ressecamento do líquido que compõe a lágrima. Essencial para a lubrificação dos olhos, a lágrima é formada por três principais componentes: uma camada de muco, que aprisiona as partículas de poeira, uma camada líquida que fornece sal, proteínas e outros componentes importantes para a córnea e, por fim, uma camada gordurosa, mais externa, que ajuda a prevenir a evaporação das lágrimas e o ressecamento da superfície do olho.
Durante o sono, as lágrimas se acumulam nos cantos dos olhos fechados e a parte líquida evapora, restando a parte gordurosa da lágrima e sujeira, que se solidificam.
Mas como as remelas se formam?
Enquanto estamos acordados, nossos olhos piscam e distribuem as lágrimas por todo o globo ocular, lubrificando os olhos. Esse movimento de abrir e fechar das pálpebras empurra o excesso do fluido lacrimal para o canto dos olhos, junto com todo tipo de sujeira que chega aos olhos. Estima-se que piscamos cerca de quatro vezes por minuto!
Durante o sono, as glândulas lacrimais reduzem a produção da parte aquosa da lágrima, já que as pálpebras permanecem fechadas e impedem a lubrificação através das piscadas. No entanto, continuam a produzir muco e gordura, e a proteção é feita de outra forma: chamada mucoide, essa lubrificação é uma espécie de lágrima mais gordurosa e consistente. Muitas vezes, quando seca, forma crostas chamadas popularmente de remelas.
Importante!
Excesso de remela pode ser, também, sintoma de alguma doença. Fique atento ao excesso de produção da mesma ou em caso de colorações diferentes (esverdeada, por exemplo). Não deixe de fazer consultas periódicas ao seu oftalmologista. A saúde ocular agradece!
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