Problemas de visão em bebês não são tão raros assim, como no caso da catarata em recém-nascidos. Chamada de catarata congênita, esta doença ocular pode ocasionar alterações anatômicas e até mesmo funcionais nas principais vias ópticas do bebê, podendo evoluir para cegueira em casos mais extremos e quando não a intervenção apropriada.
Dentre as alternativas mais eficazes em tratamentos de catarata em bebês, o implante de lentes intraoculares é uma alternativa já bastante utilizada após a retirada do cristalino. Todavia, com o avanço tecnológico na produção de lentes de contato, muito se discute sobre os tipos de lentes que podem ser utilizadas para auxiliar nestes. É o que defende um estudo publicado no Jama Ophtalmology.
Se a ideia inicial predominante era de que as lentes intraoculares eram as melhores opções justamente por corrigirem constantemente a visão dos bebês, sem o risco de remoção que existe na lente de contato padrão, um novo estudo aponta que o uso inicial da lente de contato (ao invés da intraocular, neste primeiro momento) auxilia no tratamento por integrar mais a família em todo processo de recuperação da criança, justamente porque há a necessidade de controle das lentes de contato no dia a dia.
O estudo que teve início em 2004, e que contou com a participação de 12 centros clínicos, reuniu 114 bebês entre 1 e 6 messes e que apresentavam catarata em um dos olhos. Deste grupo, uma metade recebeu implante da lente intraocular e a outra, lentes de contato. Ao longo dos anos as crianças foram submetidas a testes de acuidade visual e HOTV, sendo que o grupo que recebeu as lentes intraoculares apresentou mais complicações pós-cirúrgicas. Além disso, após cinco anos, a opacificação capsular em crianças que receberam as lentes intraoculares era 10 vezes maior. Outro ponto favorável às lentes de contato: do grupo que recebeu as lentes intraoculares, nove crianças tiveram infecções oculares.
Quer saber mais? Veja como é feito o implante de lente intraocular (http://goo.gl/Ke0IGG)