Um dos desafios das empresas de videogames e softwares de entretenimento é tornar seus jogos mais acessíveis para conquistar e atender novos públicos, incluindo, por exemplo, jogadores com deficiências visuais. A Electronic Arts (conhecida como EA), uma das maiores companhias do ramo, criou em março de 2018 um departamento chamado EA Accessibility (em tradução livre, EA Acessibilidade) para facilitar o acesso desse público às informações sobre os jogos, como manuais em texto, guias para jogar sem visão e dados sobre recursos disponíveis.
Atualmente, existem no mercado algumas empresas menores e independentes que desenvolvem produtos incorporando a audição na jogabilidade, mas, pela primeira vez, uma das principais empresas de videogame decidiu investir nesse nicho. Para ter noção do tamanho da EA no mercado, segundo levantamento da Forbes a empresa vale mais de US$40 bilhões, e entre seus jogos mais famosos estão The Sims, SimCity e FIFA, o maior jogo esportivo do mercado atual.
O QUE MUDOU
A diretora do departamento de acessibilidade contou em entrevista ao portal Ars Technica que tudo começou com um e-mail de um jogador reclamando sobre uma mudança feita no jogo de futebol americano NFL, tornando impossível para ele, que é cego, jogar. A EA então se deu conta de que tinha uma audiência que estava enfrentando dificuldades e que não podiam ignorar parte de seu público.
No FIFA 18, por exemplo, entre os ajustes feitos incluem a possibilidade de alterar a navegação, permitindo pausas com o mouse (ao invés de um teclado). Isso simplifica os controles para um único controle analógico e dois botões, e elimina o que antes poderia ser um obstáculo na jogabilidade. As alterações também foram feitas em outros jogos esportivos, como futebol americano, hóquei e luta UFC.
São alterações importantes que serão incluídas nos futuros jogos FIFA e, graças ao novo departamento EA Accessibility, podem pesquisar mais opções.
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