O câncer nos olhos não está nas listas dos mais comuns – ainda sim, é preciso falar sobre ele. Essa doença traz sérios riscos para os pacientes, podendo levar à cegueira ou até ao óbito. Ela se divide em quatro tipos diferentes: melanoma intraocular, linfoma não hodgkin, retinoblastoma e meduloepitelioma.
Para saber como cada um deles se desenvolve, os sintomas típicos e tratamentos, é só continuar lendo a matéria.
Melanoma intraocular
Esse é o câncer ocular mais comum entre os adultos e, geralmente, se desenvolve pelos pigmentos produzidos pelos melanócitos (células produtoras de melanina). Para entendê-lo é preciso ter em mente que ele pode ocorrer em duas regiões dos olhos: a úvea e a conjuntiva. A primeira, é a mais frequente – por isso, vamos começar por ela.
- Úvea: é a área intermediária do globo ocular, formada pela íris, coróide e corpo ciliar. A doença pode se desenvolver em qualquer uma dessas três sub regiões. Quando acontece na íris, o diagnóstico costuma acontecer com mais facilidade, já que um sintoma comum é o surgimento de um ponto pigmentado no local.
O melanoma intraocular na úvea costuma progredir lentamente, por isso, as chances de cura são maiores. Mas é preciso cuidado: ele pode se espalhar pelo sangue e chegar ao fígado.
- Conjuntiva: é a cobertura clara e fina que fica sob o olho – também conhecida como a parte branca. Normalmente, o raro o câncer se desenvolver nessa parte, mas, quando acontece, costuma ser mais agressivo. Nesse caso, ele pode chegar aos pulmões, fígado e cérebro.
Em qualquer uma das regiões, os pacientes costumam ser assintomáticos. Por isso, a consulta de rotina com o oftalmologista é tão importante. Quando os sintomas aparecem, é sinal que o caso já está agravado. Os mais comuns são:
- Dificuldade para enxergar
- Manchas escura na visão, com perda de parte do campo visual
- Ponto escuro na íris
- Alterações no tamanho ou forma da pupila e na posição do olho dentro da órbita
- Movimentos dos olhos fora do comum
O tratamento depende de cada caso, mas geralmente envolve a radioterapia, laserterapia e cirurgia. Em casos mais graves, é possível ser necessário a extração do órgão. Mas apenas um profissional pode definir o melhor caminho para a cura.
Linfoma não hodgkin
Apenas 2% dos casos de câncer ocular são desse tipo. Ainda sim, as chances de cura são altas e, geralmente, não deixa sequelas. Entre os sintomas mais comuns, estão uma mancha na conjuntiva ou na pálpebra e um olho mais para fora do o outro. Raramente ele causa dor e costuma ser feito por radioterapia, com poucos efeitos colaterais.
Retinoblastoma
Esse tipo de câncer ocorre em crianças, geralmente, antes dos cinco anos. Ele fica alojado nas células da retina, que são responsáveis pela visão. Por isso, um das sequelas mais comuns é a perda de visão de um ou de dois olhos. Os sintomas são:
- Pupila branca ou rosa
- Estrabismo
- Dor na região dos olhos
- Inchaço
- Perda de visão
- Vermelhidão da parte branca do olho
- Sangramentos
- Diferença de cores entre as íris
Se diagnosticada no início, as chances de cura são altíssimas, sem gerar perda de visão. Mas, nos casos mais graves, pode acontecer até mesmo a extração do órgão, junto com as sessões de quimioterapia e/ou radioterapia.
Meduloepitelioma
Esse também é um tipo de câncer infantil, só que mais raro. Ele pode se devolver tanto no corpo ciliar, quanto no nervo óptico e retina – e, apesar de evoluir lentamente, pode ser bastante agressivo. Geralmente, as crianças entre quatro e sete anos são as mais afetadas.
Os sintomas costumam ser a perda da visão, dor, um olho mais para fora do que o outro, catarata e glaucoma. Infelizmente, o tratamento consiste na retirada do órgão.
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